Segundo informou a assessoria de imprensa, os contratos iniciais serão de 900 milhões de dólares (R$ 2,8 bilhões) com um prazo de 54 meses. Depois disso, a Força Aérea dos EUA escolherá uma das duas empresas para produzir 1.000 mísseis deste tipo. Contudo, nem todos serão equipados com ogivas nucleares.
"Esta arma nos permitirá modernizar a parte aérea da nossa tríade nuclear", declarou a secretária da Força Aérea dos EUA. Ela disse estar segura que a "estratégia de contenção funciona em relação aos adversários dos EUA que podem avaliar o grau de risco".
Aleksei Podberezkin, diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Militares do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, comentou os planos dos EUA ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"Os mísseis se tornam mais baratos e por isso é possível os produzir em massa. O uso destes mísseis em aviões se tornou possível desde o início dos anos 80 do século passado, durante todo este tempo foi se realizando o trabalho para melhorar a precisão deles", disse o especialista.
Podberezkin sublinha que até 2021 os EUA serão capazes de alcançar com estes mísseis qualquer lugar em território russo, caso os instalem nas fronteiras da Rússia, mas agora o raio de alcance destes mísseis de cruzeiro não permite fazer isso.
"Há uma pergunta — para que os EUA precisam de tudo isso? A razão mais importante é política. A estratégia atual dos EUA de imposição da força prevê a pressão contra a Rússia", disse Podberezkin, e sublinhou que a Rússia pode tomar medidas que sejam capazes de desvalorizar os esforços dos EUA.