EUA desenvolvem novo míssil nuclear 'para pressionar a Rússia'

© REUTERS / U.S. Air Force photo/Staff Sgt. Joshua SmootImagem de um dos bombardeiros B-1B Lancer dos EUA
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As empresas americanas Lockheed Martin e Raytheon irão desenvolver um novo míssil de cruzeiro, capaz de levar ogivas nucleares, para bombardeiros de longo alcance.

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Isso foi informado na quarta-feira (23) pela assessoria de imprensa da Força Aérea norte-americana.

Segundo informou a assessoria de imprensa, os contratos iniciais serão de 900 milhões de dólares (R$ 2,8 bilhões) com um prazo de 54 meses. Depois disso, a Força Aérea dos EUA escolherá uma das duas empresas para produzir 1.000 mísseis deste tipo. Contudo, nem todos serão equipados com ogivas nucleares.

"Esta arma nos permitirá modernizar a parte aérea da nossa tríade nuclear", declarou a secretária da Força Aérea dos EUA. Ela disse estar segura que a "estratégia de contenção funciona em relação aos adversários dos EUA que podem avaliar o grau de risco".

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A secretária sublinhou também que esta arma ampliará as capacidades da Força Aérea dos EUA e será eficaz do ponto de vista de gastos.

Aleksei Podberezkin, diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Militares do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, comentou os planos dos EUA ao serviço russo da Rádio Sputnik.

"Os mísseis se tornam mais baratos e por isso é possível os produzir em massa. O uso destes mísseis em aviões se tornou possível desde o início dos anos 80 do século passado, durante todo este tempo foi se realizando o trabalho para melhorar a precisão deles", disse o especialista.

Podberezkin sublinha que até 2021 os EUA serão capazes de alcançar com estes mísseis qualquer lugar em território russo, caso os instalem nas fronteiras da Rússia, mas agora o raio de alcance destes mísseis de cruzeiro não permite fazer isso.

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Segundo o cientista político, os EUA precisam disso para exercer pressão sobre a Rússia.

"Há uma pergunta — para que os EUA precisam de tudo isso? A razão mais importante é política. A estratégia atual dos EUA de imposição da força prevê a pressão contra a Rússia", disse Podberezkin, e sublinhou que a Rússia pode tomar medidas que sejam capazes de desvalorizar os esforços dos EUA.

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