Pode-se especular muito sobre se o líder norte-coreano se atreverá a fazê-lo e qual será a resposta dos americanos. Porém, o alvo escolhido para um ataque potencial é importante. A ilha de Guam aloja uma das mais potentes e equipadas bases do Pentágono fora do território dos EUA e, caso seja aniquilada, o equilíbrio de forças na região pode se modificar drasticamente. A Sputnik publica uma lista das instalações militares americanas com maior importância estratégica.
Bases na ilha de Guam
Desde a base de Andersen a Força Aérea dos EUA pode realizar ataques de mísseis e bombardeios contra os alvos localizados em toda a extensão da costa do Pacífico da Eurásia. Hoje em dia, o principal alvo potencial dos "estrategistas" de Guam é a Coreia do Norte. Contudo, as bases podem representar uma ameaça potencial para os maiores atores geopolíticos na região – a Rússia e a China.
A base naval de Apra Harbour, situada na parte oeste da ilha, é a segunda maior depois de Pearl Harbour no Arquipélago de Havaí, sendo uma das duas maiores instalações da Marinha dos EUA no Oceano Pacífico. Aqui está localizada uma doca flutuante para consertar grandes embarcações de superfície, inclusive os navios de assalto multifuncionais da classe Tarawa. Além disso, está previsto o envio futuro de cerca de 20 mil fuzileiros navais de Okinawa. Não há dados exatos sobre os navios estacionados em Apra, mas segundo a mídia, é sabido que em 2016 o submarino estratégico nuclear Pennsylvania aportou em Guam. Ademais, a base conta com cerca de quatro submarinos multifuncionais da classe Los Angeles, que patrulham regularmente o Pacífico.
Base aérea de Ramstein
No caso de um conflito entre a OTAN e a Rússia, Ramstein será usada principalmente para alojar o contingente e o material de guerra e, provavelmente, vai servir de aeródromo para os bombardeiros de médio e longo alcance.
Base Aérea de Al Udeid
A base desempenhou um papel crucial durante as campanhas no Iraque e no Afeganistão. De momento, no Qatar há cerca de 10 mil efetivos americanos. A base de Al Udeid é a mais importante das 35 instalações dos EUA na região. É através dela que estão sendo coordenadas as operações da coalizão antiterrorista liderada pelos EUA na Síria e no Iraque.
Bases no Japão
No total, no território japonês existem mais de 90 instalações militares dos EUA, que integram o comando regional United States Forces Japan (USFJ), com sede na base aérea de Yokota, a leste de Tóquio. Mais de 14 mil militares e especialistas civis fazem serviço aqui. A base serve como ponto de passagem importante para os contingentes americanos que vêm para fazer serviço no Japão em regime rotativo.
Além disso devem ser mencionadas as 11 infraestruturas do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA na ilha relativamente pequena de Okinawa. Essas instalações compreendem campos, complexos de treinamento, aeródromos, centros de logística, arsenais, entre outros. Aqui, no aeródromo de Kadena, está destacado o 18º grupo aéreo – um dos maiores da Força Aérea dos EUA.
Ademais, merece especial destaque a base aérea de Misawa, ao norte de Tóquio. Esse é um dos poucos aeródromos situados fora do território dos EUA para onde os americanos se atrevem a enviar os aviões mais modernos – os caças de 5ª geração F-22 Raptor.
Levando em conta o número e a composição das bases militares americanas no Japão, se pode deduzir que o Pentágono considera esse país como o cabeça-de-ponte para fazer frente à China, Rússia e Coreia do Norte.