Representante dos EUA: Moscou quer 'congelar' situação em Donbass

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Representante especial dos EUA para a Ucrânia, Kurt Volker - Sputnik Brasil
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Relações russo-americanas vão "coxear", até que o "problema ucraniano" seja resolvido, afirma representante especial dos EUA para a Ucrânia, Kurt Volker.

James Mattis, secretário de Defesa dos EUA  com seu homólogo ucraniano, Stepan Poltorak. Mattis visitou Ucrânia por ocasião do Dia da Independência do país, 24 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil
Opinião: armar Ucrânia seria um grave erro por parte dos EUA
"As relações entre os EUA e a Rússia são importantes, mas o problema ucraniano continua a prejudicá-las", declarou Volker em uma entrevista para o jornal Financial Times.

Além disso, Volker acredita que a Rússia quer "congelar" a situação em Donbass, neste caso Moscou terá que aceitar o isolamento internacional. "O país poderá se encontrar fora das relações econômicas e diplomáticas, isto não é naturalmente o que a Rússia quer", considera o diplomata americano.

Ele destacou também que em Washington "está sendo discutida de modo sério" a possibilidade de enviar para Kiev armas de defesa letais. Contudo, o diplomata sublinhou que a última decisão será tomada pelo presidente Trump.

Anteriormente, em uma entrevista ao canal Pryamoi, Volker destacou que a Ucrânia, em seu estado atual, não está pronta para aderir à OTAN.

Veículo norte-americano Humvee fornecido à Ucrânia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Fornecimento de armas dos EUA a Kiev pode provocar escalada da crise em Donbass
Em abril de 2014 a Ucrânia iniciou uma operação contra as milícias no leste de seu território, onde, em resposta à violenta mudança de governo ocorrida em Kiev em fevereiro do mesmo ano, foram proclamadas as chamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Os acordos de Minsk, assinados em setembro de 2014 e fevereiro de 2015, lançaram as bases para uma solução política do conflito, mas não têm permitido, até agora, a cessação da violência, cujo resultado a ONU estima em cerca de 10.100 mortos.

Moscou rejeita as acusações de estar por trás das hostilidades no leste da Ucrânia, e salienta que não é parte do conflito nem fornece armas, munições ou outra ajuda às milícias de Donetsk e Lugansk. Além disso, a Rússia advertiu várias vezes que os envios de armas para a Ucrânia causarão uma escalada da tensão em Donbass.

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