"Em minha opinião, a razão mais evidente para a decisão de convidar os países tais diferentes é que o BRICS quer ser cada vez mais forte na arena internacional. Em 2014, quando o Brasil sediou a cúpula, foram convidados países latino-americanos, incluindo países do Mercosul. Na cúpula em Ufa [Rússia] em 2015, foram realizados de fato duas cúpulas, uma do BRICS e outra da Organização para Cooperação de Xangai. Em geral, o convite a tais países como México, Tailândia, Guiné e Tajiquistão prova que o BRICS está tentando desenvolver relações com outros blocos econômicos", disse ele.
O especialista explicou a escolha dos países convidados à cúpula. Segundo Burykh, a Tailândia é um dos membros mais fortes da ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático], com o terceiro PIB no bloco. O Tajiquistão é um membro da Organização para Cooperação de Xangai, e, mais do que isso, representa um interesse especial para a China.
"Esses países são de interesse não apenas para a China, mas também para todos os países do BRICS", acrescentou o especialista.
Burykh sublinhou que a participação da cúpula do BRICS não é um mero passo diplomático para os países convidados para essa cúpula: eles estão interessados no alargamento do BRICS e na adesão ao bloco.
A próxima cúpula do BRICS será realizada entre os dias 3 e 5 de setembro na cidade chinesa de Xiamen.