Na segunda-feira, a nova liderança do Hamas em Gaza disse que Teerã havia voltado a ser o maior apoio para o repasse de dinheiro e armas ao grupo, depois de anos de tensão a respeito da guerra civil na Síria – o Hamas havia se recusado a apoiar o presidente sírio, Bashar Assad, aliado dos iranianos.
Para a diplomata dos EUA, a declaração do líder do Hamas é uma "admissão impressionante". Vale lembrar que o Irã está sujeito a um embargo de armas — com exceções concedidas apenas nos casos em que recebeu a aprovação da do Conselho de Segurança da ONU para importações ou exportações.
"O Irã está mostrando quem realmente é. O Irã deve decidir se quer ser um membro da comunidade de nações das quais se espera que levem suas atitudes internacionais a sério, ou se queira ser o líder de um movimento terrorista jihadista. Não pode ser ambos", disse Haley em um comunicado.
"Já se passou muito tempo para a comunidade internacional manter o Irã no mesmo padrão que todos os países que realmente valorizam a paz e a segurança são mantidos", completou a nota.
Não se sabe ao certo o tamanho da ajuda do governo iraniano ao Hamas. Segundo diplomatas ouvidos pela Agência Reuters, o apoio financeiro de Teerã foi reduzido significantemente nos últimos anos, sendo dirigido às Brigadas Qassam ao invés de instituições ligadas ao Hamas.
Na Palestina, o Hamas está em lado oposto ao presidente Mahmoud Abbas. Enquanto o líder palestino defende o diálogo, o grupo militante prega a destruição de Israel, com quem já entrou em conflitos militares em três oportunidades, desde 2007, quando Abbas chegou à Presidência.