O presidente brasileiro, Michel Temer, se encontrou na última sexta-feira, em Pequim, com o líder chinês Xi Jinping, para a assinatura de 14 atos internacionais, entre acordos entre Estados e parcerias privadas com o objetivo de gerar investimentos e negócios.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o economista Celso Toledo avaliou positivamente a orientação pragmática da diplomacia brasileira em relação à China.
Segundo o especialista, a viagem de Temer para a China e os acordos com o país fazem muito sentido do ponto de vista econômico.
"Essa pauta centrada na infraestrutura […] a gente sabe que é um calcanhar de aquiles para o Brasil, é um gargalo que precisa ser superado", observa.
Celso Toledo também comentou se o agravamento fiscal e a debilidade econômica no Brasil permite que os acordos com a China sejam de um caráter mais unilateral com os investimentos da China no Brasil.
"Quando há um investimento, ele beneficia as duas partes […] seria uma situação melhor se nós estivéssemos investindo fora", disse, acrescentando que "é interessante para a China estar presente num mercado tão estratégico como o Brasil", afirmou Celso Toledo.
Entre os acordos fechados entre Brasil e China estão a facilitação de vistos de turismo e de negócios entre os dois países; a parceria para coprodução cinematográfica entre Brasil e China; memorando de entendimento sobre comércio eletrônico e o licenciamento da Fase 2 da Usina de Belo Monte.