Arsen Voskanyan havia sido sequestrado em 5 de novembro do ano passado pelo ELN nas selvas do departamento de Chocó, enquanto coletava rãs venenosas que pretendia traficar para o mercado negro internacional, de acordo com informações do grupo guerrilheiro.
"Está morto, está morto […] foi o que aconteceu nesta frente", disse um comandante da frente Ernesto Che Guevara do ELN, um uma zona remota da selva colombiana onde são comuns os combates entre a guerrilha, as Forças Armadas e grupos criminais.
De acordo com o mesmo comandante, o russo seria entregue na selva ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Entretanto, em uma tentativa de fuga ele conseguiu tomar de um rebelde uma granada. Em represália, acabou sendo baleado e morto.
A entrega dos restos mortais de Voskanyan integra as negociações de paz entre o ELN e o governo colombiano, que tiveram início em fevereiro deste ano e que prosseguem em Quito, no Equador. O conflito com os guerrilheiros já deixou um saldo de 220 mil mortos.
A Embaixada russa na Colômbia e o Ministério de Relações Exteriores em Moscou não comentaram o caso, enquanto a Cruz Vermelha não confirmou ou negou as informações do ELN sobre o refém russo, que tinha 42 anos.
As partes negociam um cessar-fogo às vésperas da visita do Papa Francisco ao país.