Na semana passada, rebeldes muçulmanos de origem rohingya atacaram postos de segurança em Rakhine, o que provocou uma resposta dura da parte das autoridades.
"A situação de segurança e as restrições do governo de visitar o lugar nos impedem de distribuir ajuda. A ONU mantém contato com as autoridades para assegurar que as operações humanitárias sejam recomeçadas o mais rápido possível", disse o representante da ONU ao The Guardian, confirmando que as remessas humanitárias ao norte de Rakhine foram suspensas.
Mais cedo, militares de Mianmar afirmaram que quase 400 pessoas teriam morrido nos confrontos entre as forças de segurança do país e os muçulmanos rohingyas. De acordo com as autoridades, entre os mortos estão 370 rebeldes rohingyas, 13 membros das forças de segurança, dois representantes do governo e 14 civis. A violência suscitou várias críticas da comunidade internacional.
De acordo com ele, a humanidade ainda não viu um tal ato de crueldade em relação a velhos, mulheres e crianças, enquanto milhares de habitantes do estado birmanês de Rakhine têm sido alvo de violência.
"Os métodos dos militares e monges são mais cruéis do que as ações dos carcereiros nos campos de extermínios fascistas. As autoridades deste país [Mianmar] privaram mais de um milhão de rohingyas do direito à vida", afirmou.
Segundo o líder da Chechênia, um povo inteiro está à beira do desaparecimento, mas "ninguém introduz sanções econômicas nem políticas contra este país".
Os rohingyas são descendentes dos bengalis, transferidos para Rakhine pela administração colonial britânica no século XIX- início do século XX. O conflito entre os muçulmanos rohingyas e os habitantes autóctones do estado, que praticam o budismo, continua há dezenas de anos.