"A ação militar certamente seria uma opção", disse Trump, respondendo a uma pergunta sobre o curso de ação dos EUA em relação à Coreia do Norte. "Mas nada é inevitável. Seria ótimo se algo mais pudesse ser resolvido".
Trump enfatizou que ele preferiria "trabalhar alguma outra coisa" para resolver a crise.
No domingo, a Coreia do Norte anunciou que testou com sucesso uma bomba de hidrogênio que poderia ser carregada em um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês).
Os EUA iniciaram quarta-feira um projeto de resolução entre os membros do Conselho de Segurança da ONU que procuram impor um embargo de petróleo à Coreia do Norte e congelar os ativos do líder norte-coreano Kim Jong-un.
Os EUA pretendem apresentar a resolução de votação no Conselho de Segurança da ONU em 11 de setembro.
Trump afirmou repetidamente que a sua administração continua a considerar todas as opções para resolver a questão da Coreia do Norte. No entanto, ele observou que a ação militar não seria sua primeira escolha para abordar as ambições nucleares de Pyongyang.
Paz entre Israel e Palestina
Trump falou sobre outros assuntos durante a coletiva desta quinta-feira. O presidente dos EUA disse que a paz no Oriente Médio é possível porque os israelenses e os palestinos estão interessados em resolver o conflito.
"Eu acho que temos a chance de fazê-lo", disse Trump sobre alcançar a paz na região. "Eu acho que tanto os palestinos quanto os israelenses gostariam de ver isso acontecer". Trump ressaltou que as relações dos EUA com Israel e Palestina podem promover conversações de paz.
Os palestinos procuram reconhecimento diplomático para o seu Estado nos territórios da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, que é parcialmente ocupada por Israel, juntamente com a Faixa de Gaza. O governo israelense se recusa a reconhecer a Palestina como uma entidade política e diplomática independente, construindo assentamentos nas áreas ocupadas, apesar das objeções da comunidade internacional.
Tanto durante sua campanha presidencial quanto depois de se tornarem presidente, Trump prometeu tomar medidas para resolver o conflito entre Israel e a Palestina.
Fim da crise no Qatar
Em outra frente, o republicano se disse disposto a mediar a situação no Golfo Pérsico, no caso da crise diplomática de países da região com o Qatar não for resolvida em breve. "Eu acredito que vamos resolvê-lo. Se não o resolvermos, eu serei um mediador aqui mesmo na Casa Branca", disse Trump.
O Kuwait já atua como mediador na crise entre o Catar e outros Estados árabes. No início de junho, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, o Egito e vários outros Estados interromperam as relações diplomáticas com o Qatar, acusando o país de apoiar o terrorismo e interferir nos seus assuntos internos.
No final de junho, o Kuwait entregou ao Qatar um ultimato emitido pelos quatro Estados árabes que contém 13 demandas. As demandas incluem o pedido de Qatar para romper as relações com o Irã; fechar a base militar da Turquia no seu território; desligar o canal de televisão Al Jazeera; e apoiar o fim da organização terrorista da Irmandade Muçulmana (proibida na Rússia).
Qatar rejeitou o ultimato dizendo que as demandas são uma violação da sua soberania.
No início de agosto, o ministro das Relações Exteriores do Qatar, Mohammed bin al-Thani, disse que Doha recebeu informações da Secretária de Estado dos EUA, Rex Tillerson, sobre os planos dos EUA de enviar enviados para ajudar a resolver a crise diplomática.
Ainda em agosto, a mídia local alegou que o emir do Kuwait havia enviado cartas aos países envolvidos na disputa propondo convocar uma cúpula e iniciar o diálogo. Na quarta-feira, Al-Thani, do Qatar, disse que os quatro países árabes envolvidos na disputa ignoraram a proposta do Kuwait de convocar uma cúpula com a participação de Doha.