Andrei Volodin, da Academia Diplomática, comentou assim a recente declaração do comandante das forças terrestres da Índia, Bipin Rawat.
"Quer do lado indiano, quer do chinês observa-se uma particularidade importante das relações entre os dois países. Por um lado, há uma rivalidade constante, mas uma rivalidade que não deve ultrapassar a linha vermelha[…]Por outro lado, na Índia prevalece a opinião de que é preciso diminuir as tensões com a China de qualquer maneira", comentou o analista Andrei Volodin à Sputnik China.
De acordo com o analista, não há nada novo na declaração tendo em conta as relações complicadas entre os dois países. Entretanto, de acordo com ele, existem pessoas nos círculos militares na Índia que tentam influenciar as autoridades para que estas mostrem uma posição mais firme em relação à China.
Mas Volodin acrescenta que Modi não se submete aos interesses destes grupos e iniciou o diálogo com Pequim, que respondeu com reciprocidade. A Índia precisa da China e dos seus investimentos em infraestrutura.
"As relações entre a Índia e o Paquistão têm sido sempre tensas desde a desintegração do Indostão em dois países. Não há nada de novo nisso, mas acho impossível que o Paquistão use a situação tensa nas relações entre a Índia e a China nos seus interesses de longo ou de curto prazo", sublinhou Volodin.
De acordo com ele, a Índia e o Paquistão integram a Organização para a Cooperação de Xangai, por isso a Rússia e a China possuem bastantes argumentos para convencer as autoridades do Paquistão a não fazer isso. O analista político classificou as declarações do general indiano como "fantasias".