Foi revelada a única ameaça dos clarões solares para saúde humana

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Recentemente, no Sol ocorreu uma série de clarões. O especialista Sergei Kuzin, do Instituto de Física Lebedev da Academia de Ciências da Rússia, explicou as razões dos clarões no Sol e como eles podem afetar a humanidade.

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No Sol ocorreu uma nova forte explosão, atingindo a intensidade máxima da classe X8.2, de acordo com dados do Instituto de Física da Academia de Ciências da Rússia. O clarão mais forte aconteceu em 6 de setembro. Segundo os astrônomos, esse foi o que registrou maior potência dos últimos 12 anos, tendo alcançado a intensidade de X9,3. 

O chefe do Laboratório de Astronomia de Raios X do Sol, do Instituto de Física, Sergei Kuzin, falou com o serviço russo da rádio Sputnik sobre as razões destes frequentes fenômenos e sobre as suas consequências possíveis.

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"Isso está ligado à transformação do grupo de manchas solares, que resulta na liberação de grande quantidade de energia. Esta liberta-se em forma de clarão. Ou seja, há uma liberação explosiva de energia na coroa solar e tudo isso atinge a área interplanetária. Em princípio, os períodos de atividade solar são uma coisa comum, mas agora temos uma situação única porque estamos na etapa de atividade mínima do Sol. É uma situação estranha", disse Kuzin.

Segundo os cientistas, esta série de clarões pode levar ao surgimento de um "super-clarão".

"Há uma escala de intensidade dos clarões, as chamadas classes. Cada classe é uma unidade maior que a anterior. Não existe escala maior que a classe X, por isso todos os clarões são da classe X. O chamado 'super-clarão' também seria dessa classe", sublinhou o especialista.

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Kuzin explicou por que, apesar do Sol estar na sua etapa de atividade mínima, ocorrem estes fenômenos.

"Mesmo no período da etapa de atividade mínima, no Sol se observam zonas ativas, ou seja, manchas solares. Se duas manchas estão perto uma da outra, elas começam a interagir, há uma transformação do campo magnético. Na etapa de atividade máxima, quando há muitas manchas, isso se observa frequentemente. Mas na etapa mínima – é uma situação única. No sol há muito poucas manchas", disse ele.

De acordo com Kuzin, a atividade solar não afeta muito as pessoas.

"Durante os clarões, a radiação aumenta um décimo por cento, praticamente de forma insignificante. Mas elas mudam o campo magnético da Terra. Observam-se as chamadas tempestades geomagnéticas, que podem afetar a saúde das pessoas sensíveis às mudanças do tempo", acrescentou ele.

Quanto ao funcionamento dos aparelhos técnicos, os clarões podem afetar os satélites, mas não haverá consequências para os dispositivos em Terra. Entretanto, há uma exceção: os voos sobre as zonas polares, onde o homem pode receber doses de radiação elevadas.

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