Comercialização do espaço ou menosprezo do clima? Que esperar do potencial chefe da NASA?

© AP Photo / Marta LavandierCápsula da Orion(NASA) no topo dos elevadores espaciais Delta IV
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Em 1 de setembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs o republicano Jim Bridenstine para o cargo de novo chefe da NASA. A nomeação do político causou controvérsia, pois é conhecido por seu ceticismo climático. O portal Lenta.ru comentou a escolha extraordinária de Trump e suas possíveis consequências.

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Ex-militar da Força Aérea dos EUA e atual membro da Câmara dos Representantes, Jim Bridenstine, de 42 anos, é um apoiante da comercialização do espaço e da colonização da Lua, afirmando repetidas vezes que os EUA devem voltar ao satélite da Terra, onde ele propõe instalar uma base norte-americana. Foi ele que propôs no Congresso a iniciativa de dar prioridade (além da colonização da Lua) às missões tripuladas dos EUA a Marte. Porém, o projeto não ganhou apoio.

Além disso, Jim Bridenstine acredita que a NASA deve se concentrar na exploração do espaço longínquo, enquanto suas funções de estudar o clima devem ser transmitidas para outras instituições.

No projeto de 2016, comenta o Lenta.ru, o político, de fato, sugeriu mudar os principais objetivos da NASA, que se deverá concentrar em três tarefas: exploração do Sistema Solar, domínio nas missões tripuladas à Lua e a Marte e criação da infraestrutura para a comercialização do espaço.

Assim como Trump, o potencial chefe da NASA nega a ideia de as mudanças climáticas serem provocadas pela atividade humana.

"As temperaturas globais pararam de mudar há dez anos. As mudanças globais de temperaturas, se as houver, têm correlação com a emissão de energia e ciclos oceânicos", cita o Lenta.ru a afirmação de Bridenstine em 2013.

As tarefas principais que o futuro chefe da NASA vai encarar incluem o lançamento do foguete superpesado SLC (Space Launch System), em inglês) e da nave tripulada Orion. O primeiro voo não tripulado dos dois aparelhos está previsto para 2018, mas, como afirma o autor do artigo, é muito provável que a missão seja adiada para 2019.

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Alguns senadores e especialistas do clima já se pronunciaram contra a nomeação de Bridenstine, preferindo ter como chefe da agência espacial um cientista e não um político.

Caso a nomeação seja aprovada, isto significará que a NASA se focará em missões tripuladas ao espaço, deixando de lado os estudos do espaço próximo da Terra, nomeadamente no âmbito da Estação Espacial Internacional, acredita o autor do artigo.

Resumindo, Jim Bridenstine, se quiser ficar na história da NASA, terá que se esforçar bastante até ao fim do mandato de Donald Trump, afirma o Lenta.ru, pois, com a saída do atual presidente, a carreira de Bridenstine na NASA também deverá terminar.

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