Ryabkov pediu às autoridades dos EUA "para parar de destruir as relações russo-americanas e minar o direito internacional, que está repleto de graves conseqüências, e começar a buscar soluções para os problemas que se acumulam sem culpa nossa", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um comunicado publicado em seu site.
No mesmo encontro, Ryabkov informou a Shannon que as condições para diplomatas estadunidenses trabalharem na Rússia serão alteradas para refletir as restrições enfrentadas por diplomatas russos nos EUA, de acordo com o ministério russo.
"O lado russo manifestou novamente protesto em relação às ações hostis dos Estados Unidos e à invasão dos EUA sobre a imunidade diplomática. Foi enfatizado que as condições para a permanência dos diplomatas dos EUA na Rússia estão sendo ajustadas para refletir as restrições estabelecidas para nossos representantes", destacou a pasta, em nota.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores russo Sergei Lavrov explicou que Moscou adotaria o conceito de "paridade completa", em uma resposta ao fechamento do consulado russo em São Francisco e de duas missões comerciais russas em Nova York e Washington, por ordens da Casa Branca, no fim de agosto.
De acordo com Lavrov, o gesto de "boa vontade" do Kremlin acabou sendo mal interpretado pelo governo estadunidense.
"Os EUA bloquearam o nosso gentil gesto e disseram: 'Se os russos querem paridade, feche-os de quatro consulados [nos EUA], pois temos apenas três consulados na Rússia'", concluiu.