Em entrevista à Agência Reuters, o embaixador norte-coreano na Suíça, Han Tae-song, afirmou que o governo do país asiático "condena nos termos mais duros e categoricamente rejeita a mais recente resolução ilegal e ilegítima da ONU".
"O regime de Washington desencadeou o confronto político, econômico e militar, obcecado com o jogo selvagem de reverter o desenvolvimento da força nuclear da RPDC [Coreia do Norte] que já atingiu a fase de conclusão. As próximas medidas da RPDC farão com que os EUA sofram a maior dor que já experimentaram em sua história", continuou.
Pelas mais recentes sanções, aprovadas por unanimidade na última segunda-feira, está previsto o congelamento das importações norte-coreanas de petróleo bruto nos níveis atuais de 4 milhões de barris por ano, e um limite para as importações de produtos petrolíferos refinados em 2 milhões de barris por ano, ou cerca de metade dos níveis atuais.
Foi a primeira vez que o conselho citou restrições de acesso ao petróleo em sua resolução. Os EUA defendiam um embargo completo de petróleo, mas Rússia e China poderiam vetar a medida, já que creem que uma medida tão dura poderia desestabilizar Pyongyang.
Trump 'ameaça' China
Nesta terça-feira, o presidente estadunidense Donald Trump considerou as mais recentes sanções "um pequeno passo" rumo a uma desnuclearização completa da Península da Coreia.
"Nós pensamos que é apenas mais um pequeno passo — não é um grande problema. Essas sanções não são nada comparadas ao que finalmente terá que acontecer", afirmou Trump, segundo informações da Casa Branca.
Embora não tenha desenvolvido o que queria dizer, o presidente dos EUA indicou que seguirá pressionando a China para que cumpra as sanções imposta aos norte-coreanos. O indicativo dessa "ameaça" a Pequim veio mais cedo, por meio do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
"Vamos colocar sanções adicionais sobre eles [chineses] e impedir que eles acessem o sistema de dólares americanos e internacionais", afirmou Mnuchin em uma conferência, anunciando o que Washington fará se a China não cumprir a sua parte.