"Sem dúvida, condenamos o caminho escolhido por Pyongyang, mas importa entender que, devido à ausência de reais garantias internacionais jurídicas da sua segurança nacional, a Coreia do Norte opta por armamentos balísticos e nucleares, considerando-os primeiramente como meio de dissuasão. Parece-me que muitos países ocidentais não o entendem ou preferem não o entender", explicou Mikhail Ulyanov em entrevista ao jornal russo Kommersant.
Segundo o especialista, os problemas da Coreia do Norte são resultado da política do Ocidente em relação à Líbia antes da derrubada de Muammar Kadhafi. Tudo aconteceu devido a que a Líbia "causou danos sérios ao regime global de não-proliferação de armas de destruição em massa".
No dia 3 de setembro, as autoridades da Coreia do Norte anunciaram um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio. Os militares do Japão e da Coreia do Norte avaliaram a potência da explosão em 120-160 quilotons, o que é algumas vezes superior à potência das bombas lançadas pelos EUA contra Hiroshima e Nagasaki em 1945. Este foi o sexto teste nuclear de Pyongyang.
Em 11 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, novas sanções contra a Coreia do Norte, que limitarão de modo significativo as importações e as exportações de Pyongyang. A Resolução 2375 estabeleceu o regime mais rigoroso de sanções da ONU em todo o século XXI.