"A presença do óxido de titânio na atmosfera do WASP-19b afeta de maneira absolutamente incomum as temperaturas e os movimentos dos fluxos de ar nele", declarou Ryan MacDonald da Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha) em artigo publicado na revista Nature.
Muito foi descoberto quanto ao estudo dos chamados júpiteres quentes — planetas extrassolares maiores e mais fáceis de serem observados. No entanto, as temperaturas de suas atmosferas são realmente infernais. Para ter uma noção, trata-se de 725 a 2.225 graus Celsius.
On planet WASP-19b today's high is 2000 degrees, a year lasts 19 hours, and the sky is made of titanium. https://t.co/FvG5JGPuc8 pic.twitter.com/UfXQnGBjwj
— Corey S. Powell (@coreyspowell) 14 de setembro de 2017
No exoplaneta WASP-19b, a temperatura atual supera os 2.000 graus, um ano dura 19 horas e o céu é feito de titânio
Além disso, os astrônomos descobriram nos céus destes planetas nuvens exóticas de chumbo, de vidro e chuvas de pedras preciosas.
Segundo MacDonald, recentemente foi encontrado mais um tipo de exoplaneta: mais quente na parte de fora e mais frio na parte de dentro, parecido com a estratosfera da Terra. Sendo assim, os cientistas lançaram a teoria de que a atmosfera dos "júpiteres quentes" possa ser aquecida por algum efeito estufa extremamente forte.
Ao analisar a composição química do WASP-19b, revelou-se que é um planeta bastante exótico e muito quente, cuja temperatura atinge 1.726 graus Celsius.
A análise realizada pela equipe de cientistas comprova a capacidade de observar outros planetas longínquos e até mesmo de analisar sua composição química através de telescópios espaciais instalados na Terra. Mais um passo foi dado na busca por planetas habitáveis, vale ressaltar.