"Posso dizer que ele é uma pessoa muito simpática e bem-formada. Não é uma surpresa, pois ele se formou na Suíça, onde passou 8 anos e, acredito, terá conseguido perceber o que é bom e o que é mau. Tenho uma impressão completamente positiva daquele encontro", contou o analista sérvio.
Segundo Moro, a Coreia do Norte é um Estado muito bem organizado que está pronto para os desafios e embora as sanções, sem dúvida, estejam afetando a vida da população, eles não vão passar fome.
O treinador afirma que 95% das informações sobre o país e seu líder que surgem na mídia ocidental não correspondem nada à realidade. Para provar isso, ele cita um exemplo com um atleta norte-coreano.
"Estou falando com um atleta norte-coreano que, segundo a mídia ocidental, teria sido morto por maus resultados, e eu tenho vergonha de lhe dizer que ele está, de fato, morto", disse Moro à Sputnik Sérvia.
"Ele pôs uma grande tônica no desenvolvimento das armas nucleares, mas ao mesmo tempo está sendo realizada uma reforma econômica, o mercado se está tornando mais aberto", diz.
É claro que existe uma grande diferença entre a vida na capital do país, Pyongyang, e como se vive na província, acrescenta, mas não se pode negar o fato que no ano passado o crescimento do PIB da Coreia do Norte totalizou 3,9%.
Isso se deve ao isolamento de Pyongyang e à militarização da península em geral. Além disso, a ideia de uma Coreia unida não é do agrado da China.
"A reunificação é impossível enquanto se mantiver a retórica atual, enquanto ninguém desistir de exercícios militares em grande escala", opinou Aleksandar Pavic.
Todos os interlocutores concordam que, caso na península da Coreia comece uma guerra, o responsável não será Pyongyang. Os passos de Kim Jong-un são destinados a manter o sistema existente no país, mas também a realizar o objetivo principal — reunir as duas Coreias, conclui Borislav Korkodelovic.