Com mais de 200 páginas, o documento deve ser protocolado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta quinta-feira, três dias antes do fim do mandato de Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a publicação, o procurador vai basear a nova denúncia nas provas colhidas nas delações do doleiro Lúcio Funaro, cuja colaboração foi homologada recentemente pelo Supremo, e nos elementos apresentados pelos executivos da JBS.
![Presidente Michel Temer durante Sessão Solene de Encerramento da XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Presidente Michel Temer durante Sessão Solene de Encerramento da XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Sputnik Brasil](https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/669/90/6699010_0:113:1000:553_600x0_80_0_0_8217c5c8ea3c83eb570552b94532a999.jpg)
Além de Temer, devem ser citados parlamentares do PMDB na Câmara dos Deputados, estes mencionados no mais recente relatório da Polícia Federal, que demonstrou a existência de uma "quadrilha" peemedebista na Casa.
O presidente da República seria o principal articulador e beneficiário do esquema dos deputados, que também tinha a liderança do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo conclusões da PF e que devem ser endossadas na nova denúncia de Janot.
Tão logo a nova denúncia chegue ao STF, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, a remeterá à Câmara dos Deputados, que precisará autorizar ou não o prosseguimento da mesma – como ocorreu com a primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, que acabou arquivada pelos deputados no mês passado.
A defesa de Temer vem negando todas as ilações e acusações em torno do seu nome, tendo acusado Janot de "perseguição".