Com mais de 200 páginas, o documento deve ser protocolado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta quinta-feira, três dias antes do fim do mandato de Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a publicação, o procurador vai basear a nova denúncia nas provas colhidas nas delações do doleiro Lúcio Funaro, cuja colaboração foi homologada recentemente pelo Supremo, e nos elementos apresentados pelos executivos da JBS.
Além de Temer, devem ser citados parlamentares do PMDB na Câmara dos Deputados, estes mencionados no mais recente relatório da Polícia Federal, que demonstrou a existência de uma "quadrilha" peemedebista na Casa.
O presidente da República seria o principal articulador e beneficiário do esquema dos deputados, que também tinha a liderança do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo conclusões da PF e que devem ser endossadas na nova denúncia de Janot.
Tão logo a nova denúncia chegue ao STF, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, a remeterá à Câmara dos Deputados, que precisará autorizar ou não o prosseguimento da mesma – como ocorreu com a primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, que acabou arquivada pelos deputados no mês passado.
A defesa de Temer vem negando todas as ilações e acusações em torno do seu nome, tendo acusado Janot de "perseguição".