"A República da Turquia deve tomar medidas para garantir sua segurança. A Turquia é um país independente que decide por si mesma que tipo de armas compra, a que países as adquire e como as integra na sua rede de defesa, se baseando em seus interesses nacionais", explicou Baybatur em uma entrevista à Sputnik.
O político declarou que a reação dos EUA e dos países europeus à aquisição dos S-400 por parte da Turquia não surpreende nada aos otomanos.
Baybatur também comentou as declarações do ministro das Relações Exteriores alemão, Sigmar Gabriel, quanto aos planos de Berlim para deixar de fornecer armas à Turquia. O porta-voz do parlamento otomano enfatizou que tudo isso está sucedendo apesar do fato da Turquia fazer parte da OTAN.
O entrevistado lamentou que a Aliança Atlântica não tenha prestado apoio ao governo turco na sua luta pela integridade territorial e contra o terrorismo.
"A Turquia satisfaz suas necessidades através do uso de seus próprios recursos, produz armas, tanques e helicópteros. Contudo, o nosso país necessita de um sistema de defesa antiaéreo. É mais que conhecido o que está passando agora na nossa fronteira e na Síria", esclareceu.
Baybatur destacou que a política do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, é clara e se baseia na disposição de firmar acordos com um país que possa fornecer armas sob condições razoáveis.
"Este país é Rússia. A Rússia é nosso vizinho e um Estado com o qual estamos historicamente vinculados. Moscou conseguiu criar um dos sistemas de defesa antiaérea mais confiáveis do mundo. A Turquia, por sua parte, os compra em certa quantidade, portanto esta situação não deveria gerar preocupações", afirmou.
O jornalista concluiu que Ancara tomou sua decisão final quanto à aquisição dos sistemas S-400, enquanto apareceram propostas de vários políticos ocidentais para vender à Turquia análogos do sistema russo que "cumprem todas os requisitos da OTAN". Baybatur, por sua vez, expressou sua opinião em relação a essas propostas.
"A Turquia tem sido enganada por seus aliados da OTAN em numerosas ocasiões, de maneira que quase perdeu fé no bloco", realçou o porta-voz.