Segundo ele, "se no resultado do referendo os curdos iraquianos declararem a independência, Israel será o primeiro a reconhecê-la por interesse na compra de petróleo do Governo Regional do Curdistão".
Selcen apontou que, mesmo faltando pouquíssimo tempo para realização do referendo, não há uma unanimidade entre os partidos políticos do Curdistão, sendo este um fato negativo.
"Enquanto isso, do ponto de vista dos curdos iraquianos, há fatores tanto positivos quanto negativos. Por exemplo, as autoridades do Governo Regional do Curdistão, sob pretexto da interferência dos EUA e da luta contra o Daesh [organização proibida na Rússia e em vários outros países], contribuíram para a expansão significativa das fronteiras de seus territórios; as terras ocupadas pelos curdos iraquianos são equivalentes a cinco territórios do Líbano moderno. Eles possuem jazidas de recursos minerais, territórios adequados para agricultura e a população corresponde a cerca de 6 milhões de pessoas. Tem certo apoio internacional, na verdade, que não é relacionado à questão de reconhecimento da independência. Como é sabido, proclamar independência não significa se tornar um Estado independente", ressaltou Selcen.