Segundo o homem, ele enfrenta com muita frequência o problema de não ser atendido na língua oficial e costuma enviar reclamações contra os empregados das cadeias comerciais que se recusam a falar ucraniano com ele. "Contudo, o incidente que aconteceu há pouco comigo superou tudo. Nunca antes houve uma violação tão grave de meus direitos", escreve o usuário, apelidado Oleh Oleg na rede social.
"A empregada começou a fazer perguntas em língua estrangeira, eu pedi para ela falar ucraniano comigo, mas ela recusou. Eu falei que ela viola as leis da Ucrânia, segundo as quais o atendimento se deve efetuar em ucraniano. Ela me disse descaradamente: 'não entendo ucraniano. E no fim de contas, sou russa", escreveu o cliente descrevendo a situação.
O cliente acrescentou que iria observar atentamente a evolução da situação e que queria receber uma resposta oficial da cadeia de lojas "como é possível humilhar tanto a língua ucraniana".
No Parlamento ucraniano deverá em breve ser debatido um projeto da lei "sobre a língua oficial", atribuindo à língua ucraniana um estatuto excepcional. Está previsto que a língua oficial seja apenas o ucraniano e que esta seja obrigatória nos contatos com as autoridades, entidades médicas e em todos os estabelecimentos de ensino do país. A Lei da Educação, aprovada recentemente no Parlamento do país, estabelece grandes limitações à utilização das "línguas das minorias", entre as quais a língua russa.