Em suas declarações, os EUA e a Ucrânia rejeitaram a proposta da Rússia de instalar pacificadores da ONU na linha de contato em Donbass.
As forças pacificadoras no leste da Ucrânia devem ter um mandato amplo, bem como devem ser instaladas na fronteira russo-ucraniana, disse a porta-voz da Secretaria de Estado norte-americana, Heather Nauert.
No início de setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou apoiar a ideia de enviar pacificadores à Ucrânia para defender os observadores da OSCE. Ele adicionou que a instalação em questão deveria ser limitada à linha de contato. Moscou expôs suas propostas no projeto de resolução da situação para serem levadas à consideração no Conselho de Segurança da ONU.
Kiev acha que os pacificadores devem ser instalados por todo o território de Donbass, incluindo a fronteira russo-ucraniana. As autoridades ucranianas se recusaram a discutir esta questão com as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk. O presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, prometeu levantar a questão quanto ao deslocamento dos pacificadores na Assembleia Geral da ONU.
"A Ucrânia não deseja implementar os Acordos de Minsk, que começam com a coisa principal: eleições neste território de acordo com a lei, que foi concordada com os cidadãos da RPD [Républica Popular de Donetsk] e da RPL [Républica Popular de Lugansk]", ressalta Vadim Kolesnichenko.
Para ele, Kiev busca outro destino para essa região.
"A Ucrânia quer que seja realizado o cenário iugoslavo, segundo o qual as tropas da ONU ficariam na fronteira russo-ucraniana… Mas a opção proposta [pela Rússia] dá possibilidade de voltar à ideia da federalização, tanto mais que hoje em dia até a Ucrânia ocidental apoia esta ideia que há muito está no ar", concluiu Vadim Kolesnichenko.
A questão da regulação da situação em Donbass é discutida durante as reuniões do grupo de contato em Minsk, que já aprovou três documentos que regulam os passos para a desescalada do conflito. Mas os combates entre as partes em conflito ainda continuam.