A diretora-geral do departamento para os EUA do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, informou em maio sobre um encontro com Thomas Pickering, não excluindo a possibilidade de contatos bilaterais com os EUA.
"Sem referências e confirmações do encontro, acho que é evidente que estamos envolvidos em negociações não oficiais com os norte-coreanos, das quais eles falam […] É de desejar que elas sejam úteis. Entretanto, essas negociações não levaram a um avanço diplomático instantâneo", disse Pickering.
Ele sublinhou que os contatos não oficiais são "úteis para compartilhar ideias e abrir novas portas para novos rumos de reflexão sobre os problemas. Não é uma tentativa de substituir os governos, é uma tentativa de ajudá-los a entender a situação quando não há contatos diretos [entre os governos dos dois países]", explicou o diplomata norte-americano.
Anteriormente, o canal de televisão japonês NHK informou que foi realizada uma reunião "secreta" na Suíça entre representantes da Coreia do Norte e dos EUA. A reunião colocou frente a frente Choe Kang-il, vice-diretor-geral de Assuntos Norte-Americanos no Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, e Evans Revere, ex-vice-secretário adjunto do Departamento de Estado dos EUA. O canal não conseguiu saber os temas do encontro, mas é "provável" que o aumento das tensões entre os dois países tenha estado no centro das conversas.
Na madrugada de 15 de setembro, a Coreia do Norte realizou mais um lançamento de um míssil balístico dos arredores de Pyongyang em direção ao Japão. Em 3 de setembro as autoridades da Coreia do Norte anunciaram um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio. Em 11 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidades, novas sanções contra a Coreia do Norte, que limitarão de modo significativo as importações e as exportações de Pyongyang. A Resolução 2375 estabeleceu o regime mais rigoroso de sanções da ONU no século XXI.