"Os norte-americanos inventaram as redes sociais e brigavam entre si através delas. É por isso que todo o mundo deve recear a propaganda russa", ironizou Margarita Simonyan em resposta ao artigo da ex-representante permanente dos EUA na ONU, Samantha Power, publicado pelo The New York Times.
"No ano passado o governo russo apoiou em âmbito cada vez mais vasto órgãos de imprensa anglófonos ao seu serviço, tais como RT e Sputnik, utilizou uma rede de trolls anônimos, bots e milhares de perfis falsos no Facebook e Twitter para propagar publicações que pudessem prejudicar Hilalry Clinton", sublinhou a ex-representante sem apresentar quaisquer provas.
Em 6 de janeiro do ano passado, a CIA, o FBI e a NSA publicaram um relatório acusando mais uma vez a Rússia de interferência nas eleições norte-americanas sem apresentação de qualquer prova sob pretexto de manutenção desta informação em segredo.
Praticamente metade do relatório foi dedicado ao canal de televisão RT e à agência Sputnik, citando materiais do RT que foram publicados há 5 anos.
Moscou tem repetidamente negado essas afirmações, com o porta-voz presidencial Dmitry Peskov as classificando como "completamente infundadas". No que toca à interferência russa em eleições nos EUA, na França e na Alemanha, o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov declarou que não há provas para confirmar estas acusações.