Uma remessa de 50 toneladas de ajuda já chegou ao Bangladesh para ajudar os muçulmanos rohingyas que estão na zona fronteiriça, comunicou à Sputnik Persa Seyed Hadi Afghahi, um diplomata iraniano que acompanha a situação.
Comentando os esforços humanitários de Teerã, Afghahi observou que o Irã foi um dos primeiros estados membros da Organização da Cooperação Islâmica a ajudar durante a crise em curso em Mianmar.
"A primeira remessa de ajuda, incluindo alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade, já foi enviada para o Bangladesh. Além disso, o Irã enviou seus diplomatas e médicos da organização humanitária Crescente Vermelho, o que foi autorizado pelo governo do Bangladesh", apontou o especialista.
Os diplomatas e médicos tencionam estabelecer um hospital móvel na área.
Além disso, o Irã apresentou uma iniciativa política. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, propôs duas estratégias para resolver a crise.
"A primeira é a pressão econômica sobre o governo de Mianmar. A segunda é a pressão política coletiva, incluindo a ruptura das relações diplomáticas com Mianmar, um país que viola o direito internacional e atua contra as resoluções da ONU", disse Afghahi.
Este é apenas o último agravamento de um conflito antigo. Em 1982, foi introduzida a Lei da Nacionalidade do país, e desde então aos rohingyas foi negada a cidadania. A crise atual se agravou em 2011 e atingiu seu auge em 2012, quando milhares de muçulmanos buscaram asilo em campos especiais para refugiados no território do país ou fugiram para o Bangladesh. Outra escalada ocorreu em 2016.
De acordo com a agência de refugiados da ONU, desde 25 de agosto, o número de refugiados rohingyas já atingiu os 412.000.