O movimento ocorreu pouco antes de os ativistas começarem a acusar o gigante das redes sociais de censurar a campanha militar contra a minoria muçulmana rohingya em Mianmar.
O ARSA foi criada em outubro de 2016 em nome de mais de 1,1 milhão de pessoas rohingyas que vivem no estado de Rakhine e rotulado como grupo terrorista pelas autoridades mianmarenses em 25 de agosto deste ano. A minoria é considerada como migrante indocumentada pelo governo e é privada de acesso a serviços estatais vitais, como saúde e educação.
As regras do Facebook proíbem postagens de organizações que a empresa vê como grupos envolvidos em atividades terroristas, violência em massa ou ódio organizado.
"Creio que [o Facebook] está tentando suprimir a liberdade [de] expressão e dissidência em conflito com os perpetradores do genocídio no regime de Mianmar", afirmou o ativista e jornalista Mohammad Anwar, citado pelo The Guardian.
A última onda de violência em Mianmar foi desencadeada no final de agosto, depois de insurgentes muçulmanos de origem rohingya atacarem postos de segurança no estado de Rakhine. Os ataques provocaram uma resposta áspera das autoridades. Centenas de pessoas morreram nos confrontos em curso, enquanto milhares foram forçados a fugir.
O país é o lar de mais de 100 grupos étnicos diferentes, mas a cidadania aos rohingyas é efetivamente negada desde 1982, quando a Lei de Nacionalidade do país foi introduzida.