O diplomata russo recorda ao que levaram mecanismos de não proliferação para "pressionar os regimes indesejáveis".
"O destino de Saddam Hussein que, como se sabe, não tinha armas nucleares, e de Muammar Kadhafi, que de livre vontade desistiu do desenvolvimento das mesmas, incentiva o desenvolvimento a ritmos acelerados de alguns programas de armas de destruição em massa [ADM]. Isso não justifica de jeito algum o programa nuclear da Coreia do Norte, por exemplo, mas é imprudente não ver e não entender as razões disso", disse Nebenzya na reunião do Conselho de Segurança da ONU de não proliferação de ADM.
O embaixador russo na ONU criticou a posição do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que, segundo ele, convocou o Conselho de Segurança para discutir não proliferação de armas de destruição em massa e utilizou seu discurso para citar exemplos positivos de tal decisão.
Comentando o discurso de Tillerson, Nebenzya frisou que no âmbito do Conselho de Segurança é preciso discutir princípios comuns para resolver o problema (de não proliferação de armas), sem indicar certos países que são considerados por alguns como "Estados vilões".
Em 2003, os EUA invadiram o Iraque e derrubaram o presidente do país, Saddam Hussein, sob o argumento de ele possuir armas de destruição em massa, que acabou não sendo confirmado. O líder da Líbia, Muammar Kadhafi, foi destituído e morto em 2011. Os EUA juntamente com outros países participaram de bombardeamentos contra posições dos aliados de Kadhafi durante a guerra civil na Líbia.