Mualem expressou a esperança de que o processo de Astana ajudará o país a alcançar a "cessação efetiva das hostilidades".
"Somos encorajados pelo processo de Astana e pelas 'zonas de desescalada' resultantes e esperamos que isso nos ajude a alcançar um cessar real de hostilidades e dos grupos terroristas como o ISIS [Daesh], al-Nusra [Frente al-Nusra, ex-filiada à Al-Qaeda] e outros, dos grupos que concordaram em se juntar ao processo Astana", disse Muallem em seu discurso à Assembleia Geral da ONU.
"Nós declaramos mais de uma vez que é impossível combater o terrorismo sem a coordenação com o governo sírio. Esta é a única maneira de fazer ganhos reais na guerra contra o terrorismo. Qualquer presença de tropas estrangeiras em terras sírias, sem o consentimento da governo, é considerada uma forma de ocupação, uma agressão desleal e uma flagrante violação das leis internacionais e da Carta das Nações Unidas", disse Muallem.
Armas químicas
O ministro também confirmou o compromisso da Síria com o processo de Genebra e a intenção de alcançar o progresso nessas negociações.
"O governo sírio reafirma seu compromisso com o processo de Genebra e novos progressos nesse caminho. Esse processo ainda não deu frutos na ausência de uma verdadeira oposição nacional que possa ser um parceira no futuro da Síria e devido aos países com influência sobre a outra parte que continuam a bloquear qualquer progresso significativo", acusou.
Em 4 de abril, a Coalizão Nacional para as Forças da Revolução e da Oposição da Síria anunciou que várias dúzias de pessoas haviam sido mortas em um suspeito de ataque químico em Khan Shaykhun, na província de Idlib, na Síria. Quatro dias depois, os Estados Unidos dispararam mísseis em uma base aérea do governo sírio em Idlib em resposta ao suposto ataque que a Casa Branca acusa Damasco de ter cometido.