"Todos os aspectos da nossa biologia são atingidos pela falta de sono", afirma ele. Segundo o cientista, a falta, ou seja, menos de 7 horas de sono por dia, pode levar a problemas inúmeros, incluindo a deterioração da memória, diabetes, obesidade, câncer e doença de Alzheimer.
Segundo, o problema consiste no tempo gasto pelas pessoas no trabalho e no caminho até ele ou de volta para casa. "Ninguém quer deixar de passar o tempo restante com a família e divertimento, por isso, ao invés disso, o sono é sacrificado", continua Walker.
Além disso, no mundo de hoje, o sono para muitos é sinônimo de fraqueza e preguiça. "Queremos parecer ocupados, e um dos meios de demonstrar isso é dizendo quão pouco dormimos. É um sinal de honra", nota o cientista.
De acordo com ele, o ser humano é a única espécie que não se permite dormir, e isso sem qualquer razão plausível.
"A situação deve mudar: no trabalho e na sociedade, em casa e nas famílias. Vocês já viram alguma vez um cartaz do Serviço Nacional de Saúde sobre a importância de dormir? E qual foi a última vez que um médico prescreveu ao paciente apenas sono, ao invés de medicamentos? O sono deve ser prioridade, deve ser incentivado", afirma Walker.
Matthew Walker dorme 8 horas por dia, e essa regra é inalterável. "Meu conselho para as pessoas seria: durmam e acordem na mesma hora todos os dias, apesar de tudo", diz ele, assinalando que trata o sono som muita seriedade, pois sabe o que acontece quando há falta do mesmo.