"Na véspera e no decurso de realização das manobras, a mídia ocidental lançou uma companha informática em grande escala com objetivo de apresentar esse evento como preparativos da Rússia para ‘agressão' em relação aos países vizinhos. Jogaram acusações de termos planos de criar uma base na Bielorrússia para a próxima ‘invasão' à Europa", revela o diplomata.
"Sem êxito algum, tentaram apresentar parâmetros da participação da Rússia [número de militares e quantidade de material militar] nas manobras Zapad 2017 como se estivéssemos infringindo as normas permitidas", acrescentou.
Segundo ele, a escalada dissimulada de uma atmosfera da Guerra Fria e avisos sobre "ameaça russa" foram utilizados pelos EUA para justificar seus próprios treinamentos em grande escala no mar Báltico, bem como o aumento das forças da OTAN na região.
Os exercícios estratégicos Zapad 2017 aconteceram entre 14 e 20 de setembro no território da Bielorrússia e em três polígonos da Rússia. As manobras contaram com participação de aproximadamente 12,7 mil militares, 70 aviões e helicópteros, 680 unidades de material bélico, incluindo 250 tanques, 200 peças de artilharia, sistemas de mísseis e morteiros, bem como 10 navios.
As manobras causaram preocupações nos países da OTAN e entre as autoridades da Ucrânia, que se queixam da falta de transparência nas manobras. Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentando o assunto, afirmou que o número de efetivos e equipamentos envolvidos nas manobras Zapad 2017 não atinge o nível sujeito a observação obrigatória prevista no Documento de Viena da OSCE de 2011.