Nesta semana, em Adelaide, Austrália, está sendo realizado o Congresso Internacional de Astronáutica (IAC, na sigla em inglês), onde líderes da indústria cósmica trocam opiniões e apresentam novos projetos de exploração dos espaços próximo e profundo.
No âmbito desse Congresso, os representantes da Roscosmos e da NASA assinaram e anunciaram cooperação conjunta, e um dos pontos cruciais dela é a construção da estação espacial, projeto Deep Space Gateway, na órbita lunar.
Anatoli Zak, dono do portal russo SpaceWeb, disse em novembro de 2016 que os países acordaram começar a construção da estação na órbita lunar que vai servir de "portão ao espaço profundo", além do estudo da Lua. A construção da base, segundo ele, deve começar em 2023, quando vão enviar para nosso satélite natural os primeiros módulos da futura estação no âmbito da terceira expedição do programa Orion.
Por sua vez, a Rússia – sendo representada pela Roscosmos, elaborará a parte principal da estação, ou seja, o módulo-porta, que será usado para sair ao espaço aberto e que vai transportar muitos suprimentos para a primeira expedição da estação. Ele será lançado a bordo de um dos foguetes Oreon ou será lançado, mas sem suprimentos, com ajuda do novo foguete transportador russo Angara-A5M.
De acordo com a assessoria de imprensa da Roscosmos, os representantes da NASA e da Roscosmos confirmaram o seu desejo de trabalhar nessa direção e declararam que as agências cósmicas já alcançaram o consenso quanto à organização do ponto de acoplagem da estação futura, que será criado com base em tecnologias e padrões russos.
Além disso, as partes ressaltaram que o foguete russo Angara-5 e o norte-americano SLS seriam usados na construção da estação, e notaram que também seria usado o foguete transportador pesado Proton-M. Além do mais, a Roscosmos e NASA continuarão cooperando na exploração da Estação Espacial Internacional e nas pesquisas do espaço profundo.