Nesta segunda-feira (25), na região autônoma do Curdistão iraquiano foi realizado um referendo sobre a independência da região, inclusive nas zonas que, de acordo com a constituição do Iraque, não fazem parte da região autônoma, em particular, na província petrolífera de Kirkuk.
"O comandante-em-chefe das Forças Armadas se encarrega de tomar todas as medidas constitucionais e legais para defender a integridade do Iraque e proteger seus cidadãos, ordenar às estruturas de segurança para regressar a todas as zonas disputadas, em particular a Kirkur, e posicionar suas tropas de acordo com a situação anterior a 10 de julho de 2014", se lê no documento que a Sputnik recebeu.
Os resultados oficiais do referendo no Curdistão iraquiano serão divulgados nesta quinta-feira (28). As autoridades do Iraque qualificaram o referendo de ilegítimo e frisaram que não vão realizar conversações com o governo regional da autonomia na sequência dos resultados. Contra a votação também se expressaram vizinhos do Curdistão – a Turquia e o Irã, e também os EUA e a ONU.
Por sua vez, as forças de segurança da província iraquiana de Kirkuk não permitirão ao exército do país entrar em seu território, afirmou à Sputnik seu governador, Najmiddin Karim.
"Não tem nenhuma necessidade de introduzir o exército", frisou este. "Nós nos lembramos da posição dele, quando estava em tais regiões como Mossul, Al-Hawija, Ramadi, como eles desapareceram com a chegada do Daesh. Nós, em Kirkuk, confiamos em nossas forças de segurança, que incluem: Peshmerga [combatentes do exército curdo], Asayish [serviço de segurança curdo] e a polícia", afirmou o governador da província.