De acordo com a edição, o presidente russo não mergulhou no "pântano sírio", tendo pelo contrário conseguido reforçar as posições de Moscou na região e no mundo.
Daqui a pouco assinalar-se-ão os dois anos desde que a Rússia "interviu" na Síria, o que salvou o presidente Bashar Assad do inevitável afastamento. Agora, em muito devido a Vladimir Putin, o presidente sírio encontra-se em condições mais favoráveis desde o início de protestos em 2011, escreve a Forbes, citada pelo RT.
"Em resultado, Putin alcançou na Síria praticamente tudo o que queria. Graças a ele Assad preservou o cargo e Putin reforçou a presença militar russa na Síria, pelo menos para os próximos 49 anos […] Consequentemente, Putin também diminuiu as possibilidades de manobra dos EUA na região e fortaleceu a influência de Moscou em um dos países estrategicamente mais importantes no Oriente Médio", informa a Forbes, citada pelo RT.
As ações da Rússia levaram ainda a que adversários tradicionais do povo sírio, como o presidente turco Erdogan, começassem a ter em conta a opinião de Moscou sobre Assad.
Mas, de acordo com a Forbes, o ponto mais importante para Putin é que agora ele pode cooperar com o Ocidente nas suas condições. Vladimir Putin contribuiu para que a Rússia seja vista como uma potência mundial, que conseguiu através da mediação alcançar os acordos de paz no Sudeste da Síria.
Além disso, escreve a Forbes, o presidente russo utilizou a Síria para mostrar as capacidades das armas russas, o que levou ao aumento das suas exportações. As empresas energéticas russas já planejam reconstruir a infraestrutura do país.
De acordo com a edição, na véspera das eleições de 2018 Vladimir Putin tenta demonstrar a derrota do Ocidente através "da mídia controlada pelo Kremlin".
Quanto às relações com Washington, Moscou quer criar uma imagem de ser a voz da razão, afirmando que é o Ocidente que está seguindo um discurso não construtivo.