As declarações de Jungmann, na XIV Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, foram um firme sinal do posicionamento brasileiro diante da abordagem do presidente norte-americano, Donald Trump, que, no mês passado, afirmou não descartar a opção de uma intervenção militar na Venezuela.
Segundo o ministro, o Brasil, que defende uma saída diplomática para a crise venezuelana, acredita, ao mesmo tempo, na necessidade de criação de uma autoridade sul-americana de defesa nos moldes da OTAN, de forma a permitir que os países da região resolvam seus problemas sem a intervenção de forças externas.
© Sputnik / Igor PatrickRaul Jungmann em coletiva de imprensa durante evento no Rio de Janeiro
Raul Jungmann em coletiva de imprensa durante evento no Rio de Janeiro
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Sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliás, Jungmann criticou a forma como esta vem atuando pelo mundo, realizando ações em territórios de fora do seu eixo original de interesse e sem o devido respaldo da ONU.
"De uma aliança defensiva, a organização euro-atlântica tende a tornar-se uma entidade global e de atuação em prevenção e manejo de crises em espaços que vão além da jurisdição da Europa e da América do Norte. Em uma interpretação territorialmente extensiva das ameaças, algumas vezes sem mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas", destacou.