O autor adverte que, levando em consideração o nível de tensões entre Washington e Pyongyang, bem como a atual impossibilidade de alternativas diplomáticas, o presidente dos EUA pode vir a tomar medidas militares. Trump e seus conselheiros podem querer "resolver o problema mais cedo".
"A guerra agora é um cenário real. Com a Coreia do Norte fazendo progressos rápidos em seus programas nucleares e de mísseis, o tempo não está do lado diplomático", diz o relatório.
De acordo com Chalmers, a guerra poderia começar de várias maneiras. Pyongyang poderia atacar primeiro se pensasse que Washington estaria preparando um ataque; ou os EUA poderiam lançar um ataque se o Norte lançasse mísseis no oceano perto de Guam ou da Califórnia.
"Se a guerra começar, é provável que envolva ataques aéreos e ciberofensivos em grande escala no início da guerra, seguidos de retaliação maciça norte-coreana contra a Coreia do Sul e bases norte-americanas na região, usando armas convencionais, químicas e, talvez, nucleares. Nessas circunstâncias, uma invasão em grande escala da Coreia do Norte seria muito provável", de acordo com o relatório.
Enquanto isso, na sexta-feira a Coreia do Norte criticou duramente o recente voo dos bombardeiros estratégicos e aviões de combate norte-americanos perto da costa norte-coreana, chamando-o de "provocação", de acordo com Yonhap.
"A saída independente de um esquadrão de bombardeiros estratégicos dos EUA B-1B Lancer sobre as águas internacionais no mar do Oriente é um ato extremamente perigoso, destinado a levar a situação da península coreana aos extremos […] A bravura beligerante dos EUA apenas provocará a nossa vontade por vingança", segundo Uriminzokkiri – um site que apresenta matérias da Agência de Notícias da Coreia do Norte (KCNA, na sigla em inglês).
Durante o fim de semana, B-1B Lancers das Forças Aéreas dos EUA e aviões de combate F-15 da Coreia do Sul seguiram ao norte da Zona Desmilitarizada que divide a Coreia do Norte e do Sul, voando pela costa leste da Coreia do Norte.
Na terça-feira (26), o presidente Trump reiterou que os EUA estão prontos para aplicar "opção militar" a fim de resolver a crise.
"Estamos totalmente preparados para a segunda opção, não que seja a opção preferida. Se tomarmos essa opção, será devastador, posso dizer isso, devastador para a Coreia do Norte. Trata-se da opção militar", disse Trump em uma coletiva de imprensa no Jardim Rosado da Casa Branca.