De acordo com o autor do artigo publicado no The National Interest, Matthew Costlow, os EUA perderam décadas tentando desnuclearizar e pacificar o regime de Kim Jong-un, mas, entretanto, os EUA continuam provocando a Coreia do Norte com sanções e ameaças.
A dificuldade da dissuasão é que ela não funciona da mesma forma universalmente, devido às diferenças dos valores culturais que cada líder possui. Para demonstrar isso, os psicólogos mostraram as mesmas imagens para cidadãos da Ásia Oriental e ocidentais. Os dois grupos de interrogados, que observaram as mesmas imagens, deram respostas bem diferentes respondendo às questões de psicólogos.
A mesma dinâmica, de acordo com o autor, parece existir na península de Coreia. Há pouco tempo, os EUA decidiram não utilizar seus bombardeiros nos exercícios com a Coreia do Sul para mostrar à Coreia do Norte a sua vontade de desescalar a situação. Mas depois disso a Coreia do Norte testou a sua maior arma nuclear. De acordo com o comandante das Forças dos EUA na Coreia do Sul, Vincent Brooks, "aparentemente as alterações nos exercícios não tiveram efeito". Ambas as partes observaram a mesma imagem, mas as respostas foram diferentes.
Tomando em consideração o fracasso possível da política de dissuasão e da diplomacia, de acordo com Costlow, os EUA devem tomar medidas políticas e militares para diminuir os efeitos do fracasso.
Assim, de acordo com ele, os EUA devem ter capacidade de interceptar quaisquer mísseis nucleares norte-coreanos. Isso, por sua vez, significa que o Congresso deve gastar mais no desenvolvimento dos sistemas de defesa antimíssil, reforçar o desenvolvimento tecnológico conjunto com o Japão e melhorar a capacidade de detecção dos seus radares e satélites.
Se a diplomacia fracassar, finaliza ele, os EUA devem alargar as sanções, abrangendo qualquer país que apoie economicamente a Coreia do Norte. Além do mais, os EUA devem apoiar o maior uso de missões de interdição marítima no âmbito da Iniciativa de Segurança contra a Proliferação e exortar os países que não são parte dela à cooperação no âmbito da segurança.