"Em julho, todo o território da Antártida estava coberto pela noite, por isso os cientistas foram obrigados a examinar esse iceberg através de radares e imagens infravermelhas. As primeiras imagens foram recebidas somente em meados de setembro deste ano", informa a NASA.
De acordo com semanas de observação, o iceberg A-68 se moveu primeiramente de trás para frente, o que resultou na sua ruptura em duas partes.
Mais anteriormente, surgiram notícias sobre a ruptura da parte ocidental da camada de gelo Larsen C — a maior geleira da Antártida, causando o surgimento do maior iceberg da região.
O oceano glacial Antártico, também chamado de oceano Austral, é o conjunto das águas que banham Antártida, mas que na realidade constituem o prolongamento meridional do oceano Atlântico, Pacífico e Índico.
Durante um longo prazo, cientistas acreditavam que as alterações climáticas ameaçam principalmente destruir as reservas de gelo do norte. No entanto, nos últimos anos, a situação vem mudando. Surgiram provas de que as primeiras a desaparecer serão as geleiras da Antártida que causarão o aumento catastrófico do nível de mar.
As observações da NASA mostram que na geleira de Larsen C surgiu uma rachadura gigante de 112 quilômetros de comprimento, de cerca de 100 metros de largura e de 500 metros de profundidade.
Cientistas acreditam que essa rachadura possa ter surgido um tempo atrás, o que indica o caráter rapidíssimo do colapso maciço de gelo. A fenda continua crescendo rapidamente e, com a chegada do verão no hemisfério Sul, a geleira de Larsen C se tornou em julho de 2017 em um iceberg gigante, cuja área atinge 6.500 km².
Atualmente, o iceberg se encontra perto das margens da Antártida — a 20 km aproximadamente. Depois da intensificação dos movimentos nas últimas semanas, ele se separou em duas partes — um iceberg relativamente pequeno A-68B e seu irmão — A-68A cuja área é 100 vezes maior do que a do primeiro.
Para cientistas, há grande possibilidade de esse iceberg gigante se afastar da Antártida, separando-se em mais fragmentos que, segundo investigadores, representa grande perigo para a navegação no hemisfério Sul da Terra.