Em 2016 a economia chinesa superou pela primeira vez a dos EUA no crescimento das compras de ativos no exterior.
"As empresas chinesas têm um objetivo implícito: comprar tudo e em todo o lado onde se vende algo, ou seja, entrar em todos os mercados sem exceção", disse o analista Dmitry Tratas à Sputnik.
Os capitais chineses se estabeleceram no Reino Unido de forma mais agressiva, de acordo com a análise do colunista da Sputnik Dmitry Maiorov. Pequim entrou com grande força no setor das infraestruturas britânico. Assim, o fundo soberano chinês China Investment Corporation possui 10% do aeroporto de Heathrow. Outra empresa chinesa, o Beijing Construction Engineering Group, recebeu permissão para participar da construção da primeira "cidade-aeroporto" do Reino Unido, em Manchester.
"A Alemanha acusa a China de que suas aquisições apenas favorecem Pequim. Enquanto Pequim compra todas as empresas alemãs de que gosta, Berlim enfrenta muitos obstáculos quando quer fazer o mesmo na China. Sigmar Gabriel, vice-chanceler do país, visitou a China em 2016 para resolver esta situação. Agora a Europa está introduzindo mecanismos para reforçar o controle sobre as empresas estratégicas e seus investidores. Em minha opinião, a China vai baixar o ritmo, ele adquirirá muito menos empresas neste ano", admitiu Belov.
Da mesma forma, a expansão da China é, em grande parte, uma espécie de "passo forçado". O especialista do Centro de Economia e Finanças da Academia de Ciências Sociais da China, Zhang Ning, acredita que a crescente atividade dos investidores chineses é explicada pela desvalorização da moeda chinesa.
"Muitas empresas chinesas detectaram essa tendência e começaram apostando em investimentos estrangeiros", disse o especialista, acrescentando que essas mesmas empresas estão tentando lucrar com a diferença da taxa de câmbio entre o iuan e a moeda local.