No dia 2 de outubro, ao discursar na cerimônia de honra aos oficiais do Mossad, Yossi Cohen, diretor da organização, mencionou "centenas de milhares" de operações que o serviço secreto realiza anualmente em países inimigos, acrescentando que algumas foram "complicadas e ousadas".
"Mossad está reforçando sua estrutura interna, junto com novas capacidades de enfrentar futuros desafios, tal como tecnologia avançada nos sistemas de inteligência, construção de forças humanas e recursos. Estamos trabalhando em todos esses segmentos para estar prontos para os desafios que podem vir a ser enfrentados por nossas capacidades durante operações secretas dentro de muitos anos", disse Cohen.
אני מבקש לברך את המטה הכללי ואת הרמטכ"ל לשנה טובה. אתם עושים עבודה נפלאה ואנחנו מעריכים מאוד את פעולתכם, ששומרת על עתידה של מדינת ישראל! pic.twitter.com/FcJhcZ6Ey8
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) 2 de outubro de 2017
Na cerimônia, Cohen estava acompanhado pelo premiê israelense Benjamin Netanyahu, que elogiou "a iniciativa, coragem, profissionalismo, planejamento e execução" dos agentes.
"Há campanhas e operações de inteligência que proporcionam contra-ataque a ameaças que temos que lidar", disse Netanyahu.
Atividade controversa
Muitas das operações do Mossad no exterior contra vários "inimigos" são bem conhecidas. Por exemplo, em 2010 desencadeou-se um escândalo internacional quando a agência usou três passaportes australianos falsos para entrar em Dubai, onde foi assassinado o líder do Hamas Mahmoud al-Mabhouh. A Austrália, por sua vez, avisou para Israel que tal comportamento poderia comprometer as boas relações entre os países.
E, talvez, a operação internacional mais infame e ampla na história do Mossad, depois do ataque contra esportistas israelenses nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, pelo grupo terrorista Setembro Negro, Mossad iniciou operação Cólera de Deus como medida de retaliação contra os membros do grupo.
De fato, esta informação foi enviada por Salameh para desviar Mossad da pista. Uma dúzia de agentes foi enviada à Noruega para monitorar, como eles achavam, Saleh. O homem que foi assassinado era de fato inocente e se chamava Ahmed Bouchiki.
Os membros do Mossad foram depois levados a julgamento por causa do assassinato.
Com amigos deste tipo…
Contudo, várias operações do Mossad contra seus aliados são muito menos conhecidas.
De acordo com o chefe da Agência Central de Inteligência, a usina foi operação do Mossad "desde o início".
Vale destacar que, em 1985, Richard Kelly Smyth, homem de negócios e físico com contratos com a OTAN e NASA, foi preso por ilegalmente ter entregado 15 embarques de dispositivos nucleares ao governo de Israel através de uma companhia comercial israelense. Ele foi condenado a 40 meses de prisão, mas foi liberado imediatamente por ter 72 anos.
Em 1996, ficou conhecido que Israel vendeu tecnologia roubada dos EUA à China. Dizem que a transferência destas tecnologias "representou um grande passo para o desenvolvimento da aviação chinesa".