De acordo com ele, se o presidente norte-americano escolher lançar um ataque nuclear preventivo contra a Coreia do Norte, não há certeza de que os EUA consigam eliminar as forças nucleares de Pyongyang, que irão lançar o seu próprio ataque de retaliação.
De acordo com ele, mesmo o bombardeiro B-2A Spirit com bombas potentes GBU-57 pode não conseguir destruir as instalações subterrâneas norte-coreanas. Sabe-se que a GBU-57 pode perfurar cerca de 60 metros de concreto armado, mas é possível que a Coreia do Norte possua instalações ainda mais profundamente. Outro problema, de acordo com o autor, é que os EUA só podem construir 20 bombas GBU-57, enquanto a Coreia do Norte parece ter um número muito maior de instalações.
O autor aponta que os EUA possuem um arsenal nuclear realmente vasto, mas a maioria destas armas foi desenvolvida para combater a União Soviética em uma hipotética Terceira Guerra Mundial. Considerando a localização da península da Coreia, o míssil Minuteman III pode vir a ser inútil porque tem que sobrevoar o território da Rússia e da China para alcançar o alvo, o que, por sua vez, pode provocar um conflito nuclear muito mais perigoso e mortífero.
Mas, mesmo que os EUA consigam destruir as instalações nucleares da Coreia do Norte, permanece o problema de destruir os lançadores móveis de Pyongyang, afirma Dave Majumdar.
Segundo mostrou a operação Desert Storm, detectar e destruir os mísseis balísticos é uma missão muito difícil e que exige muito tempo. Entretanto, a Coreia do Norte pode ser capaz de lançar um ataque de retaliação logo após um ataque nuclear preventivo norte-americano, opina Dave Majumdar.
Além do mais, um ataque preventivo pode ter outras consequências – os EUA podem se tornar um pária internacional após isso. As alianças com o Japão e a Coreia do Sul podem ser quebradas e Washington pode enfrentar a ira permanente da China e da Rússia, concluiu Dave Majumdar.