"Washington pode provocar o Irã para que renuncie às suas obrigações e culpar Teerã de minar os acordos, uma tática suja que pode funcionar", publicou o senador na sua página no Facebook.
Também apelou aos aliados dos EUA na Europa e Médio Oriente para "aumentarem sua sua voz antes que surja uma nova crise, mais grave que a norte-coreana".
Anteriormente, o diário The Washington Post informou que o presidente dos EUA Donald Trump prevê anunciar na próxima semana que abandona o Acordo Nuclear.
"Os sinais de que Trump pode declarar que cancela o Acordo Nuclear com o Irã, com a reanimação subsequente das sanções, comprovam que os próprios EUA são um problema muito mais grave para o mundo do que os que tenta resolver", adicionou Kosachev.
Teerã e o Grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) assinaram em junho de 2015 o acordo chamado Plano de Ação Conjunto Global, que estabelece os limites ao programa nuclear iraniano para excluir a possível dimensão militar em troca do levantamento das sanções internacionais.
Em meados de julho de 2017, o governo dos EUA estendeu as sanções financeiras contra 18 pessoas e entidades supostamente ligadas aos programas militares e de mísseis balísticos de Teerã.
O presidente iraniano Hassan Rouhani advertiu, em meados de agosto, que se os EUA continuarem a política de sanções contra o seu país, Teerã poderia abandonar o Plano "em uma questão de dias e horas".