Graças aos esforços das autoridades chinesas, o país conseguiu desenvolver uma nova tecnologia de perfuração relacionada com o fraturamento hidráulico. O método consiste na injeção de dióxido de carbono no poço, para que o gás de xisto saia da terra.
A aplicação deste método pode contribuir para a otimização da atual estrutura energética na China, afirmam Li Xue e Zhao Yue no seu artigo para o portal Phoenix.
Atualmente, o país conta com grandes reservas de gás de xisto, por isso esta otimização irá ajudá-lo a aumentar a produção de energia e, como consequência, resultará em uma diminuição dos preços.
Nos últimos 30 anos de desenvolvimento, a exploração do petróleo e gás se acelerou consideravelmente.
Após a revolução de xisto, os preços de energia nos EUA sofreram uma forte queda. Atualmente, o dinheiro que as empresas na China pagam pela energia é o dobro do que pagam as empresas nos EUA.
Devido a isso, Washington obteve uma vantagem sem precedentes: as rendas que anteriormente as empresas norte-americanas utilizavam para abastecer-se de energia, agora são utilizados para favorecer a economia.
Qual é a vantagem do uso de recursos de xisto para a China?
Devido a esta dependência, os preços da energia dentro do país são mais altos que em outros países desenvolvidos. Por exemplo, em 2014, o valor médio de um megawatt por hora nos Estados-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 123,88 dólares americanos (R$ 392), enquanto que o preço na China chegava aos 139,43 dólares (R$ 441).
"Se tivermos a possibilidade de explorar as nossas próprias reservas de petróleo e gás de xisto, seremos capazes de baixar o preço da energia. Neste caso, os bens chineses no estrangeiro serão mais competitivos", assinalam os colunistas.
Para 2020, a China planeja produzir 30 bilhões de metros cúbicos e para 2030 entre 80 e 100 bilhões.