Durante experimento, os pesquisadores usaram o conceito conhecido como o efeito Sunyaev-Zeldovich, que ocorre quando a luz residual do Big Bang atravessa nuvens do gás difuso e quente formado pela chamada matéria bariônica. O problema é que a existência desse tipo de matéria era apenas teoria por não haver telescópio ou instrumento capaz de detectar mais de 50% das partículas bariônicas.
Desta forma, decidiram considerar que a matéria bariônica constitui apenas 4,6% da massa do universo, enquanto 96% do universo é composto por matéria e energia escuras.
Ao analisar os dados obtidos através do observatório Planck, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a matéria "anteriormente perdida" é nada mais nada menos do que matéria bariônica, ao invés de matéria escura. Além disso, as galáxias do universo estão conectadas através de filamentos de gás quente e difuso, explicaram os astrônomos. Os cientistas também sublinharam que a matéria bariônica das estrelas é infinitamente mais densa do que a do universo.
Em 2015, o telescópio Planck conseguiu construir um mapa do universo graças ao efeito Sunyaev-Zeldovich, no entanto, as ligações bariônicas entre as galáxias são muito pequenas para aparecer na imagem. Cientistas franceses e escoceses conseguiram sobrepor os dados do Planck em 1.260 pares de galáxias, o que lhes permitiu confirmar que existem filamentos de matéria bariônica entre galáxias e são seis vezes mais densas do que se acreditava anteriormente.