De acordo com o conselheiro do presidente russo, Vladimir Kozhin, há uma fila de países desejando receber sistemas de defesa aérea russos — Sudeste Asiático, países do Oriente Médio e outros.
O autor do artigo explica por que a Turquia se beneficia com tal contrato: sendo um membro da OTAN demonstra de modo claro que se recusa da ajuda militar norte-americana.
No entanto, sublinham no Süddeutsche Zeitung, esse "ato de desobediência política" não teria sentido sem vantagens dos sistemas russos.
"O modernizado sistema móvel S-400 — de fato um grupo inteiro de lança-mísseis — é considerado muito eficiente, pois é capaz de detectar e atacar automaticamente alvos mais variados: caças, aviões de reconhecimento que voam a grandes altitudes, tais como Awacs; mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, drones e até bombardeiros furtivos", escreve o autor.
Segundo o especialista em armas, coronel aposentado alemão, Wolfgang Richter, S-400 russos fazem parte de "produtos líderes do mercado internacional".
"São sem dúvidas melhores do que o sistema norte-americano Patriot, que possui a Alemanha, e mais baratos", afirma.
Os recentes acordos de venda têm muita importância para a Rússia: provam sua reputação como a segunda maior potência exportadora de armas no mundo. Além disso, a compra de S-400 por um país-membro da OTAN corresponde aos interesses de Moscou.
Porém, lembra o autor, outro membro da OTAN, a Grécia, já comprou sistemas de defesa aérea russos, S-300, mas naquele tempo este contrato não atraiu tanta atenção.