Em um enérgico discurso, Duterte afirmou que não irá tolerar críticas europeias à sua guerra às drogas, que já resultou em 3.850 pessoas mortas em 15 meses. Grupos de direitos humanos afirmam que há um possível crime contra a humanidade em andamento.
"Assim mesmo, você nos diz: 'Você será excluído na ONU'. Filho da p****, vá em frente", disse Duterte a repórteres. O mandatário filipino também afirmou que a UE aproveita-se da pobreza das Filipinas.
"Você nos dá dinheiro, então você começa a orquestrar o que deve ser feito e o que não deve acontecer em nosso país. Você é uma besteira. Acabou a colonização. Não f*** conosco".
Duterte disse que estava preparado para expulsar os embaixadores europeus do país se seus governos tentassem expulsar as Filipinas da ONU.
"Você acha que somos um monte de idiotas aqui. Você é o único. Agora, os embaixadores desses países ouvindo, me digam, porque podemos cortar o canal diplomático amanhã. Vocês saem do meu país em 24 horas, todos, todos vocês."
A UE não fez nenhum comentário público sobre querer remover as Filipinas da ONU, mas já criticou no ano passado o alto número de execuções extrajudiciais no país asiático.
Duterte foi eleito em 2016 depois de prometer erradicar o tráfico de drogas ilegais em seis meses e garantir que 100 mil pessoas seriam mortas no processo.
Muitos filipinos continuam a apoiar a repressão, mas uma pesquisa no mês passado mostrou a primeira grande queda na popularidade de Duterte.