A Força Aérea do Peru está avaliando a aquisição de modificação mais recente dos caças MiG-29, MiG-29M2 de geração 4++. A Sputnik Mundo conversou com Martín Manco, analista militar peruano, para esclarecer os prós e contras desta iniciativa.
Seus contatos na área de defesa dependem em grande medida da conjuntura política na região: quando decidem que a gestão de um ou outro Governo não lhes convém, cortam os fornecimentos de munições, peças, materiais e "deixam os aviões em terra".
"Com os russos não vamos ter esse problema. Vão nos abastecer e definitivamente esses caças vão estar no ar sempre. Esta é a vantagem de poder adquirir aparelhos de países que não têm conflitos de interesse direto ou indireto."
Por último, Manco acrescenta que, com esta aquisição, o Peru se colocaria a par de outras nações da região, como México, Chile, Venezuela e Brasil, mesmo tendo ficado para trás no quesito superioridade aérea nos últimos anos.
A Força Aérea peruana já conta com uma grande frota de naves MiG-29. Entre 2008 e 2015, a empresa MiG modernizou oito destes caças, atualizando-os para a versão MiG-29SM. Os MiG-29M2 são, não obstante, a mais recente modificação da linha de aeronaves de superioridade aérea.
Ilia Tarasenko, diretor-geral da corporação MiG, afirmou durante o encontro que o mercado latino-americano é, sem dúvida, uma região onde a sua empresa tem que avançar.
O MiG-29M2 é um caça de superioridade aérea de geração 4++. Em comparação com suas versões mais tardias, é um caça com capacidade de carga aumentada, tem uma velocidade de 2.100 km/h, pode levantar cerca de 4.500 kg de carga útil, e é portador de um canhão de 30 milímetros de calibre automatizado com indicações de pontaria para mísseis atualizados. Seu novo radar integrado permite-lhe manter até 10 alvos simultaneamente e atacar quatro ao mesmo tempo.