"Não negamos que ele [o Irã] atua tecnicamente em conformidade com o JCPOA. Como já assinalamos, o acordo tem muitos pontos fracos, e um deles é que os padrões técnicos não são tão difíceis de serem cumpridos. Eles os cumprem. Uma das áreas que nos preocupa é a dificuldade de obter pleno acesso às instalações do Irã em prazos curtos", comunicou Tillerson.
Enquanto isso, ele frisou que o presidente não confirmará a conformidade das ações de Teerã com os termos da lei norte-americana "Sobre a revisão do acordo nuclear com o Irã", aprovada em 2015, visando monitorar as ações da administração quanto ao Irã. De acordo com ele, o presidente norte-americano tem de fornecer, a cada 90 dias, um relatório se ou Irã cumpre ou não os termos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, em inglês).
Entretanto, Tillerson frisou que, além do acordo nuclear, há muitos outros fatores nas relações entre o Irã e os EUA "que nos preocupam".
Neste sentido, Tillerson anunciou que o presidente norte-americano dará ordem de introduzir sanções contra o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica por "seu apoio ao terrorismo".
"O presidente [Donald Trump] anunciará em seu comunicado que ordenou ao Ministério de Finanças […] para tomar medidas contra o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica por seu apoio às ações terroristas na região", disse Tillerson, acrescentando que "quanto ao adicionamento do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica à lista de organizações terroristas, já consideramos isso. Mas há um conjunto de riscos e dificuldades na qualificação do exército inteiro de um país [como terroristas]".
Anteriormente, o chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, Mohammad Ali Jafari, afirmou que as novas sanções ao Irã vão ser equivalentes à saída dos EUA do acordo nuclear. De acordo com ele, as novas sanções por parte de Washington levarão a que "desaparecerá para sempre a possibilidade" de colaboração futura entre os dois países.