Na madrugada desta segunda-feira (16), o premiê do Iraque e comandante-em-chefe, Haider al-Abadi, ordenou às forças iraquianas garantir a segurança nas bases militares e instalações do Estado na província de Kirkuk, disputada com os curdos.
Anteriormente, o Conselho de Segurança do Curdistão iraquiano havia comunicado que as forças do Iraque durante a ofensiva na província de Kirkuk usaram equipamento militar pesado, incluindo tanques Abrams.
"Cerca das 2h30 [horário local, 23h30 GMT], eles atacaram as forças peshmerga de ambas as frentes […] ao sul de Kirkuk, usando equipamento bélico de produção norte-americana, incluindo tanques Abrams e [veículos militares] Humvee", se lê no comunicado postado na conta do Twitter do governo regional do Curdistão iraquiano.
O especialista em Oriente Médio Dmitry Egorchenkov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que os EUA, se quiserem, são capazes de impedir seus aliados tanto em Bagdá quanto em Arbil de desencadearem um confronto aberto.
"Em minha opinião, a influência dos conselheiros norte-americanos em Bagdá e Arbil é suficiente para impedir os dois lados de se envolverem em um confronto cuja natureza é mais política que militar. Contudo, isso é possível caso os EUA não tenham apostado neste mesmo conflito, já que a situação na Síria está gradualmente recuperando, e visto que que nossos parceiros norte-americanos precisam de controlar a região. Não excluo que, no futuro, este controle em torno da questão curda possa aumentar, incluindo por meio da criação do caos no Iraque, já que não conseguiram fazer isso na Síria", acredita Egorchenkov.