Peshmerga: governo iraquiano pagará caro pela operação em Kirkuk

© REUTERS / Ako RasheedMilitar iraquiano em Kirkuk (foto de arquivo)
Militar iraquiano em Kirkuk (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O ataque a Kirkuk pode ser considerado declaração de guerra aos curdos, autoridades do Iraque pagarão caro por isso, afirmaram tropas peshmerga.

Tanque Abrams do exército do Iraque (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Forças iraquianas atacam posições curdas em Kirkuk utilizando equipamento dos EUA
Peshmerga acrimina a recente ofensiva das Forças Armadas do Iraque em Kirkuk, declarando que eles pagarão caro por isso.

O assessor sênior do presidente do Curdistão iraquiano Masoud Barzani, Hemin Hawrami, citou a declaração da peshmerga no âmbito da ofensiva das tropas iraquianas na região de Kirkuk.

"Esse ataque pode ser considerado declaração de guerra contra o povo do Curdistão", disse um representante peshmerga.

As tropas peshmerga disseram que o ataque é realizado por militares iraquianos e milícias xiitas sob o comando do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica. Os curdos acusam o governo do Iraque e o seu líder Haider al-Abadi de desencadear guerra.

Peshmerga acusou também a União Patriótica do Curdistão (UPK) de apoiar a campanha militar do Iraque. O líder da UPK, Jalal Talabani, morreu no início deste mês.

Combatentes curdas na província iraquiana de Kirkuk. - Sputnik Brasil
Curdistão: presença do PKK em Kirkuk é 'declaração de guerra', diz Iraque
A declaração foi feita em meio à operação militar do Iraque em Kirkuk, destinada a assumir o controle da base militar K1, do aeroporto de Kirkuk, de dois campos de petróleo e do sistema de irrigação.

Hoje mais cedo, tropas iraquianas entraram na cidade de Tuz Khurmato, a sudeste de Kirkuk.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da ONU no Iraque, Ali Al-Bayati, disse à Sputnik que os recentes combates perto da cidade de Tuz Khurmato, no norte da província de Salah ed-Dean, causou pelo menos duas mortes entre civis e deixou quatro feridos.

Em 2014, as tropas curdas peshmerga libertaram a província rica em petróleo de Kirkuk dos terroristas do grupo Daesh (proibido na Rússia). Desde então, a região tem sido controlada pelas autoridades curdas e forças peshmerga. Haider al-Abadi obteve autorização do parlamento para deslocar tropas para Kirkuk após o referendo pela independência curdo em 25 de setembro, qualificado por Bagdá como ilegal. Kirkuk, apesar de não fazer parte do Curdistão iraquiano, também tomou parte da votação.

 

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