Enquanto Washington está considerando um eventual ataque preventivo contra a Coreia do Norte, o líder do país Kim Jong-un parece ter opções para responder aos EUA e à Coreia do Sul usando meios puramente convencionais.
Enquanto os analistas se focam frequentemente no arsenal de mísseis balísticos da Coreia do Norte, a ameaça real surge da sua artilharia pesada e das forças especiais, que podem causar sérios danos à Coreia do Sul, opina Dave Majumdar, autor de um artigo no The National Interest.
"Com 70% da Força Terrestre deslocada no sul da linha Pyongyang-Wonsan, a Coreia do Norte mantém uma postura militar capaz de realizar um ataque inesperado a qualquer hora", indica o livro branco do Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul.
O documento indica que a ameaça surge de obuseiros autopropulsados de 170 mm e dos lança-mísseis múltiplos de 240 mm. Adicionalmente a Coreia do Norte reforçou as suas forças de artilharia com sistemas de mísseis de 122mm na área costeira perto das linhas de frente. As peças de artilharia da Coreia do Norte são protegidas por trincheiras cobertas para aumentar a sua capacidade de sobrevivência durante as operações de combate. Segundo as estimativas de Seul, a Coreia do Norte possui 8,6 mil peças de artilharia tubular e 5,5 mil baterias de mísseis múltiplos disponíveis.
Entretanto, a Coreia do Norte está também modernizando as suas Forças Armadas. O país possui mais de 4,3 mil tanques e 2,5 mil veículos blindados. No entanto, as tropas mecanizadas não são a aposta principal de Pyongyang, escreve Dave Majumdar.
De acordo com o autor, são as forças especiais que representam a maior ameaça para os EUA e a Coreia do Sul. De acordo com fontes militares norte-americanas, as tropas de operações especiais de Pyongyang são muito bem preparadas e bem equipadas e apresentam uma ameaça muito maior.
Apesar do atraso tecnológico da maior parte das armas norte-coreanas, o país pode causar severos danos às forças terrestres da Coreia do Sul e dos EUA, concluiu o autor.